A Copa do Mundo Feminina 2023 está prestes a começar. Enquanto a bola não começa a rolar, a partir de 20 de junho, na Austrália e na Nova Zelândia, a expectativa vai aumentando. O evento se tornou um grande destaque do futebol mundial. Mas, nem sempre foi assim.
Se comparada com a edição dos homens, que é disputada desde 1930, a versão das mulheres é mais recente, datada em 1970. Só que a sua organização, inicialmente não ficou com a FIFA, mas, sim, com a Federação de Futebol Feminino Europeu Independente. O nome dado para esta disputa foi o de Martini & Rossi Cup.
Em seguida, outras competições da categoria foram criadas e disputadas. O torneio só entrou na chancela da FIFA a partir de 1991. Esta edição foi realizada na China e teve os Estados Unidos campeão diante da Noruega.
Atualmente, o Mundial é disputado de quatro em quatro anos, com 32 países participando. São oito grupos, que vão da A ao H, com quatro times em cada uma das chaves. Classificam os dois melhores de cada grupo.
Desde que entidade máxima que gere o futebol no mundo passou a organizar a Copa do Mundo Feminina, a categoria passou a ter mais visibilidade. O gap em comparação com o masculino ainda é grande, no entanto, olhando para o passado, a diferença diminuiu.
Principais campeãs da Copa do Mundo Feminina
Desde 1991 foram realizadas oito edições da Copa. Neste período, quatro países já tiveram o prazer de ser campeões: Estados Unidos, Alemanha, Noruega e Japão.
As americanas são a grande potência do esporte. Não é à toa que elas contam com quatro títulos (1991, 1999, 2015 e 2019). Atrás vem outra força, as alemãs, segunda maiores vencedoras, com dois troféus (2003 e 2007). Norueguesas (1995) e japonesas (2011) têm um título cada.
A Seleção Feminina com Mais Títulos: Estados Unidos
Como abordado no parágrafo acima, as representantes do Tio Sam é a equipe a ser batida no futebol feminina. Trata-se da grande referência da modalidade. Ninguém tem mais do que quatro títulos na Copa do Mundo Feminina. As conquistas anteriores dos Estado Unidos foram:
- 1991 (China) – EUA 2 x 1 Noruega
- 1999 (Estados Unidos) – EUA 0 (5) x (4) 0 China
- 2015 (Canadá) – EUA 5 x 2 Japão
- 2019 (França) – EUA 2 x 0 Holanda
As Conquistas do Brasil
A Seleção Brasileira ainda está atrás da sua primeira conquista da Copa do Mundo Feminina. A melhor campanha canarinha no torneio foi na edição de 2007, disputada pela segunda vez na China. Nesta edição, o Brasil ficou com o vice-campeonato ao perder de 2 a 0 para a forte Alemanha. Antes deste feito, as brasileiras ficaram na terceira colocação da Copa de 1999, na disputa dos Estados Unidos.
Apesar de não contar com nenhum título, esta aqui se trata de uma seleção que sempre pode surpreender.
No vice-campeonato, o elenco canarinho contava com Marta – seis vezes a melhor jogadora do mundo (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018). Nesta competição, a alagoana fechou a sua participação como artilheira, com sete gols marcados em sete partidas disputadas. Quem também esteve em campo foi a icônica Pretinha, jogadora famosa e lendária do Brasil.
O Legado do Brasil no Futebol Feminino
É importante citar que no Brasil as mulheres eram proibidas, por lei, de jogar futebol. Este decreto foi assinado em 1941 pelo então presidente Getúlio Vargas. Esta lei só foi revogada décadas e décadas depois, mais precisamente em 1979. Sem dúvida alguma, esta proibição atrasou e muito o desenvolvimento do futebol feminino.
Somente agora, com o passar do tempo, que a categoria vai ganhando uma visibilidade maior. Exemplo disto é que há campeonatos nacionais e estaduais. Estas disputas são transmitidas tanto na televisão aberta como também na televisão fechada.
Os clubes de futebol também estão investindo na categoria. Os principais clubes do país contam com um time de futebol feminino. Com esta e outras medidas novas jogadoras vão sendo reveladas e ajudando a modalidade avançar ainda mais entre as mulheres.
Também vale ressaltar que muitos fãs do esporte já conhecem outras jogadoras que não sejam Marta e Cristiane – as atletas mais famosas. Ainda é preciso aumentar o investimento para criar mais visibilidade, gerar condições de crescimento e diminuir a diferença para o futebol masculino.
Desafios e Copa do Mundo Feminina 2023
A Seleção Brasileira, treinada pela sueca Pia Sundhage, está no Grupo F. A estreia será contra o Panamá. Já as outras duas partidas serão diante da forte França e da Jamaica.
É esperado que o Brasil se classifique para as oitavas de final. A passagem para as demais fases vai depender muito do chaveamento e como a equipe irá construir a sua campanha. Tudo indica que esta será a última Copa do Mundo da Marta, que está com 37 anos.
A principal seleção favorita para ficar como troféu em 20 de agosto – data da final – é a dos Estados Unidos. As americanas defendem o título. Mas, engana-se quem acha que elas não vão ter fortes concorrentes.
A Inglaterra chega motivada para a disputa. Apesar de ainda não ter vencido o Mundial, as súditas do rei vivem um momento de crescimento. No ano passado, elas conquistaram a Eurocopa, dentro de casa, vencendo as alemãs pelo placar de 2 a 1, em Wembley.
Assim como acontece no masculino, a Alemanha precisa sempre ser levada em consideração. Trata-se de uma força futebolística. Quando você acha que ela está sumida, aí que ela surpreende.
Outras equipes europeias podem até não faturar o título, porém contam com boas condições de apresentar bons resultados em campo. São elas: Espanha e Holanda. Esta última seleção, por sinal, ficou com o vice-campeonato, perdendo para os Estados Unidos.
Dá para dizer que, em uma lista de favoritismo dos times para esta Copa, o Brasil está na oitava posição.
Para acompanhar os duelos, do dia 20 de julho a 20 de agosto, não faltam opções. Na televisão aberta, a Globo vai transmitir as partidas, enquanto eu na TV fechada o canal responsável será a Sportv.
O Grupo Globo também passará os jogos na internet, por meio do GE e do Globoplay – plataforma de streaming. Outra opção é a Cazé TV, totalmente gratuita, no Youtube e na Twitch.
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