A seleção feminina do Brasil joga a vida na Copa do Mundo contra a Jamaica, na quarta-feira (2/8) e há sim motivos de sobra para ser otimista em relação à partida. Quatro, para ser mais preciso, de acordo com levantamento do Apostagolos.com. A seleção precisa vencer as jamaicanas para se classificar para as oitavas de final sem depender do resultado do jogo entre Panamá e França. E dá para acreditar que essa vitória tem tudo para acontecer.
Motivos para acreditar
A Jamaica é freguesa
Brasil e Jamaica já duelaram duas vezes em partidas oficiais no futebol feminino. A vantagem é amplamente brasileira. Na primeira vez, no Pan de 2007, a seleção feminina goleou por 5 a 0. Se o primeiro entre as equipes está bem distante, o segundo é bem mais recente. Na Copa do Mundo passada, Brasil e Jamaica se enfrentaram. Deu vitória da equipe liderada por Marta por 3 a 0.
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Passados quatro anos, as seleções mudaram substancialmente. Das titulares do Brasil em 2019, restaram apenas Tamires na lateral esquerda e Debinha no ataque, ambas desde o início na derrota para a França. Já no caso das jamaicanas, a diferença não é muito grande: seguiram apenas a zagueira Swaby, a lateral-esquerda Blackwood e a atacante Carter.
Tradição da seleção feminina do Brasil
Além do mais, a seleção feminina tem tradição em avançar na Copa do Mundo, ainda que nunca tenha conquistado um título. Apenas nas duas primeiras edições da competição, em 1991 e 1995, que a equipe caiu ainda na primeira fase. Depois disso, sempre chegou mais longe, incluindo um vice-campeonato e um terceiro lugar.
Eram dias de futebol feminino brasileiro bem menos preparado que agora. Logo, é difícil imaginar que logo nesta edição do Mundial, com jogadores atuando fora do Brasil e um calendário regular de competições no âmbito interno, a seleção vá ficar fora das oitavas de final de uma Copa do Mundo.
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O fator Pia Sundhage
Outro diferencial para levar o Brasil rumo às oitavas é o comando da técnica Pia Sundhage, uma das mais vencedoras da história do futebol feminino mundial. Para se ter uma ideia, desde que ela começou a treinar seleções, nunca foi eliminada numa fase de grupos das duas principais competições do calendário do futebol feminino, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
De 2008 até 2021, quando treinou o Brasil na Olimpíada de Tóquio, foram quatro disputas de Jogos Olímpicos e mais duas Copas do Mundo. Foram dois títulos, quatro finais, uma vez parou nas quartas de final, uma vez nas oitavas.
Histórico da Jamaica em Mundiais
É preciso também ressaltar que a Jamaica, apesar de chegar com um ponto a mais que o Brasil para o último jogo no Grupo F, tem um histórico bem inferior em Copas do Mundo. No Mundial de 2019, perdeu as três partidas que disputou. No Copa da Austrália e da Nova Zelândia, empatou com a França em 0 a 0 e ganhou do Panamá por 1 a 0.
No geral, são cinco jogos, três derrotas, um empate e uma derrota, com 12 gols sofridos e apenas dois marcados. A defesa é o maior ponto forte das jamaicanas, mas o Brasil chega com força para conseguir o resultado que precisa e passar de fase.
Do que o Brasil precisa
Para chegar às oitavas de final da Copa do Mundo, a seleção feminina precisa terminar entre os dois primeiros do Grupo F. Atualmente ele é o terceiro, com três pontos. A França é primeiro, e a Jamaica, segundo, ambos com quatro. Se o Brasil empatar com a Jamaica, ainda terá chance de passar de fase, mas dependerá de uma improvável vitória do Panamá sobre a França.
Por isso, a seleção feminina trabalha realmente com a busca dos três pontos contra as jamaicanas, que dará ao menos o segundo lugar no grupo. Se o Brasil vencer e França e Panamá empatarem, a seleção brasileira passará em primeiro.