Se a primeira imagem é a que fica, parece que a deixada pelo jovem atacante Raphinha na Seleção Brasileira foi ótima. Após duas boas exibições em suas duas primeiras partidas com a Amarelinha, nas Eliminatórias, ele deve ser titular contra o Uruguai, nesta quinta-feira, em Manaus. O jogador do Leeds, da Inglaterra, ganhou a vaga de Gabigol.
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Mas essa não deve ser a única mudança na Seleção. A tendência é que o técnico Tite faça mais testes. Ederson entra no gol, no lugar de Alisson. Lucas Veríssimo ganha uma chance na zaga para atuar ao lado de Thiago Silva. E Emerson Royal ganha a vaga de Danilo na lateral direita.
Desta forma, a Seleção deve entrar em campo assim: Ederson, Emerson Royal, Lucas Verissimo, Thiago Silva e Alex Sandro; Fabinho, Fred e Lucas Paquetá; Raphinha, Gabriel Jesus e Neymar.
Foi esse o time testado por Tite no treino desta terça-feira, no Estádio da Colina, em Manaus. A partida contra o Uruguai é válida pela 12ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo e será disputada às 21h30 (horário de Brasília), na Arena da Amazônia. A TV Globo transmite.
A Seleção Brasileira lidera as Eliminatórias com folga. São 28 pontos em 10 partidas: nove vitórias e apenas um empate.
Thiago Silva diz que cobrança sobre Neymar é exagerada
Ainda sem ter “decolado” na temporada, o craque Neymar vem sofrendo muitas críticas por parte da imprensa. E, ao que parece, “sentiu o golpe”. Em entrevista à Dazn, ele afirmou que a Copa do Mundo de 2022 deve ser a sua última.
Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, o zagueiro Thiago Silva afirmou que a cobrança sobe Ney é exagerada.
– É uma situação bem difícil. A gente, embora saiba que sofra pressão de todos os lados… mas é uma pressão diferente. Parece direcionada e individual. A gente deixa muito de lado o que ele vem fazendo dentro de campo e focando em coisas que não são interessantes. Ele se cobra muito. A gente sabe que tem que jogar melhor, ter um entrosamento melhor. Ele sabe que não fez um jogo de Neymar. Tem essa autocrítica. Mas fica uma cobrança muito forte e coisas que não tem nada a ver – analisou Thiago.
– Eu passei por momentos semelhantes, principalmente depois da Copa de 2014. Fui tachado de chorão, de psicológico fraco. Coisas que vão te machucando e você sabe que não é. Espero que ele não perca essa alegria. Ele é um moleque super especial. Quando está alegre fazendo o que gosta, sempre dá conta do recado e desempenha o que sempre desempenhou. É melhor para a nossa Seleção – acrescentou.
Confira outros trechos importantes da entrevista de Thiago Silva:
Momento da Seleção – “Temos sido criticados pela forma que jogamos. O momento não é dos melhores, apesar dos resultados positivos. É momento do homem testar uma ou outra situação. Raphinha e Antony têm entrado bem nos jogos.
Se ele testa está errado, se não testa está errado. Precisamos entender o lado dele. O quanto é difícil escalar e convocar a seleção brasileira. As pessoas só pensam do lado delas e esquecem do outro, do humano. Estou feliz pois estamos na direção certa. Não temos que ficar pensando no passado, mas sim tentar resolver o que podemos resolver”.
Caminhada para o Qatar – “Acredito, sim, que a gente esteja no caminho certo. Porque de um bom tempo que eu tenho de Seleção Brasileira. Já passei por quatro ciclos de Copa. Sei o quanto é difícil você formar um grupo para o Mundial.
O Tite está tendo uma tarefa muito grande de escolher os 23. Tanto que já fez mais de cento e poucas convocações de jogadores novos. Tem o leque de opções, mas tem que escolher os 23. Embora não tenhamos jogado super bem, estamos no caminho das vitórias.
Os tropeços nos dão forças. Faz com que criemos uma casca mais forte. Estamos passando por essas etapas e vamos chegar firmes e fortes no Qatar”.
Partida contra o Uruguai – “É uma partida diferente de todas as outras pela rivalidade, tudo que envolve um Brasil x Uruguai. Eles vêm de um empate e de uma derrota forte para a Argentina. Sabemos das dificuldades desse jogo. A gente sabe que contra o Uruguai não tem jogo fácil.
Tem que ter muita força mental pela questão extracampo, provocação. Temos um super comissão técnica que nos prepara para essas situações. Temos tido resultados positivos contra essa seleção.
Nos dois últimos jogos não rendemos o que costumamos render, mas pode ter certeza que estamos na busca por essa melhora. Resultado estamos conseguindo pela força do grupo. Talento sabemos que temos. Trabalhamos duro para mudar as atuações, embora ache que a gente não esteja jogando tão mal. Mas devemos melhorar”.
Volta do público no futebol brasileiro – “É um situação, um jogo diferente de todos os outros. Depois de muito tempo vamos ter esse reencontro com a torcida. Sabemos o quanto o povo de Manaus ama a Seleção.
Vemos isso no olhar das pessoas quando chegamos no aeroporto. A partir do momento que você tira a foto com uma criança, você vê o brilho no olho dessa pessoa. Nos enche de satisfação de estar aqui. Manaus foi um povo que passou por um dos momentos mais difíceis.
A gente sabe o quanto essas pessoas sofreram, mas ao mesmo tempo olhamos para trás e vemos o quanto temos que ser gratos pela nossa vida. Tenho certeza que será um dia especial para eles, mas para nós também de estar representando nosso país aqui“.
Apoio em Manaus – “A gente sempre é muito recebido em Manaus. Felicidade imensa. A rapaziada fica muito contente quando a gente vem jogar aqui. É um clima festivo, muito favorável para desempenhar o melhor futebol.
O calor humano é impressionante. A gente procura sempre jogar bem para merecer vencer. Ainda não tivemos essa conversa com o homem. A partir de hoje deve começar essa preparação para o jogo. A gente sabe que a gente precisa presentear esse povo que passou por um momento tão difícil”.
Marca de 100 jogos – “É um dia importante, embora já tenhamos uma idade bem importante. Uma experiência diferenciada. Mas temos sempre o sonho de criança. A gente vai sempre em busca do que sonhamos.
Se estou aqui hoje é por um sonho. Lembrar do meu primeiro presente é muito fácil. Uma bola de futebol, jogando no quintal de casa. Pelada na rua, cheio de pedra, furando o pé. A infância foi assim.
Eu procuro sempre lembrar desses momentos, pois nem tudo foi felicidade nas nossas vidas. Sempre passamos por dificuldades e aprendizados. Fico muito feliz de completar 100 jogos. Continuando em busca dos meus sonhos. Como o Dani Alves fala, uma pessoa sem sonho é uma pessoa morta. Espero que todos nós possamos continuar com nossos sonhos”.
A entrevista completa: