Bicampeão da Fórmula 1, Emerson Fittipaldi engrossa a torcida para que um piloto brasileiro volte a ter um lugar no grid da categoria mais importante do automobilismo. O bom momento vivido por Felipe Drugovich reacende a esperança de que isso aconteça.
Depois de ser campeão da Fórmula 2, o piloto paranaense de 22 anos foi rápido e assinou contrato para ser piloto reserva da Aston Martin na próxima temporada. As primeiras voltas a bordo do carro acontecem em novembro, nos Emirados Árabes. Para Fittipaldi, é mais um passo para o piloto trazer a bandeira do Brasil de volta à largada da Fórmula 1.
– É muito importante ter um brasileiro vencendo a Fórmula 2. Ele tem grande potencial e terá uma grande oportunidade com a Aston Martin. Espero que tudo dê certo. Para o Brasil, nós precisamos de pilotos na Fórmula 1, competindo pelo título. Temos uma rica história na categoria e acredito que Drugovich pode ser o próximo a fazer parte dela – afirmou em entrevista ao “Apostagolos”.
O último brasileiro a ter um carro efetivo na Fórmula 1 foi Felipe Massa, em 2017. A última vez que um novo piloto brasileiro conseguiu entrar na categoria como piloto principal foi em 2015, quando Felipe Nasr foi contratado pela Sauber.
Porém, não faz tanto tempo assim que um brasileiro não compete na Fórmula 1. Em 2020, Pietro Fittipaldi substituiu Romain Grosjean nas duas últimas corridas da temporada, nos Grandes Prêmios do Bahrein e dos Emirados Árabes. Para o avô Emerson, outro neto também tem boas chances de entrar na categoria em um futuro próximo.
– Meu neto, Enzo, também está pilotando muito bem na Fórmula 2 este ano. Ele é o segundo brasileiro na fila para entrar na Fórmula 1. Eu acredito que veremos brasileiros no grid em um futuro próximo. O país inteiro está esperando por isso – afirmou.
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Mais espaço para pilotos jovens
Apenas o destaque na Fórmula 2, principal categoria de acesso à Fórmula 1, não é garantia de que Drugovich ou Enzo Fittipaldi terão chance de alcançar o topo. O caminho é bem mais complexo, envolve política nos bastidores, capacidade do piloto de levar dinheiro para a equipe e a existência de um lugar vago no pequeno grid, de somente 20 carros.
Uma das discussões atuais entre fãs da Fórmula 1 é o que pode ser feito para aumentar as chances de pilotos mais jovens alcançarem a categoria. Para Emerson Fittipaldi, é preciso aumentar o número de equipes no grid de largada.
– Precisamos que existam mais lugares disponíveis no grid de largada. Podemos ter duas ou três equipes a mais, o que traria até mais seis carros. Isso traria mais possibilidades para jovens pilotos chegarem à Fórmula 1. Nos anos 1970, chegamos a ter corridas começando com 30 carros. Um aumento no número de carros seria bom para os patrocinadores, para os fãs da Fórmula 1 e para os jovens pilotos que sonham em chegar à Fórmula 1.
Elogios a Verstappen
Ainda com 20 carros no grid, a Fórmula 1 volta a correr neste fim de semana, no Grande Prêmio de Singapura. A grande atração é a possibilidade Max Verstappen ser campeão da temporada com cinco etapas de antecedência.
A conta é a seguinte: o holandês tem 116 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado na temporada, atualmente o monegasco Charles Leclerc. Verstappen precisa terminar a corrida de forma que a vantagem para o vice-líder seja de 138.
Para isso, se vencer a corrida, Verstappen precisa torcer para Leclerc terminar no máximo em oitavo, ou então no máximo em nono, caso faça a volta mais rápida. Já o companheiro de Red Bull Sergio Perez só pode chegar no máximo em quarto.
Com o título aparentemente apenas uma questão de tempo, Emerson Fittipaldi é só elogios ao provável novo bicampeão do mundo:
– Será bem merecido. Durante toda a temporada ele pilotou muito bem. A Red Bull está tendo outro grande ano. Eles foram muito bem nas estratégias e acho que surpreenderam um pouco as expectativas no começo da temporada. Eu esperava que esse ano seria da Ferrari. Eles mostraram muito potencial no começo. Mas a Red Bull evoluiu muito e rapidamente, e deixaram o campeonato mais próximo do Verstappen.