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Seleção: chamado de ‘gordo’, Neymar responde os críticos com foto sem camisa

Neymar em treino da Seleção
Neymar em treino da Seleção. Foto: Divulgação / Lucas Figueiredo / CBF
Crédito: Lucas Figueiredo / CBF

A Seleção Brasileira realizou neste sábado, na Neo Química Arena, em São Paulo, o único treino para o clássico contra a Argentina, jogo válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo que será disputado neste domingo, às 16h, no mesmo estádio.

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Na atividade deste sábado, destaque para Neymar que, chamado de “gordo” nas redes sociais durante a partida contra o Chile, fez questão de posar para uma foto sem camisa. Com a barriga trincada, o craque mandou a seguinte legenda ao postar a imagem nas redes sociais: “Ué”.

Líder das Eliminatórias com 21 pontos e 100% de aproveitamento (7 vitórias em 7 jogos), a Seleção deve entrar em campo neste domingo com a seguinte escalação: Weverton, Danilo, Éder Militão, Miranda e Alex Sandro; Casemiro, Gerson e Lucas Paquetá; Neymar, Everton Ribeiro e Gabigol.

Marquinhos, suspenso, dá vaga ao experiente Miranda. Na meiuca, a tendência é que Gerson ganhe a vaga de Bruno Guimarães e no ataque Everton Ribeiro deve aparecer no lugar de Vinicius Júnior.

Pelo lado da Argentina, o craque Lionel Messi, que era dúvida, foi confirmado como titular pelo técnico Scaloni.

Gabigol acha que gramado do Itaquerão pode ajudar o Brasil

O atacante Gabigol, do Flamengo, terá mais uma oportunidade de começar como titular na Seleção Brasileira. Ele acredita que o bom estado do gramado do Itaquerão pode facilitar o trabalho da Seleção Brasileira.

– É outro jogo, sinceramente. No Chile, tivemos lances em que o gramado atrapalhou um pouquinho, na hora de dominar a bola aqui você domina só uma vez, no Chile eram duas ou três, acaba perdendo tempo. Para driblar um zagueiro também você ganha tempo com um campo bom, na finalização a bola não quica, acho que é bom jogar num campo melhor, você se anima mais, a qualidade dos times aumenta – disse Gabi.

Para Gabigol, não tem essa de clima de revanche contra os argentinos, que derrotaram o Brasil na final da última Copa América por 1 a 0, no Maracanã.

– A gente tem uma grande comissão técnica, que passa as coisas para a gente que podemos usar no próximo jogo, mas é outro momento, Eliminatórias, não tem revanche. É outro jogo… Aquilo ficou no passado, é outro momento, agora é Eliminatórias, a gente vem de mais uma vitória. Ficamos tristes pela derrota na final, mas é outro momento. É desfrutar, jogar bem e merecer a vitória – analisou o artilheiro.

Confira outros trechos da entrevista de Gabigol

Expectativa para o clássico

“Realmente, a expectativa é muito grande, vamos jogar um grande clássico, sempre tenho me dado bem na Arena, a seleção também, é um estádio com campo bom, isso ajuda a gente. A gente vem de um campo complicado, no Chile, mas esse campo do Corinthians vai ajudar a gente e vamos fazer um grande jogo”.

Jogada do gol contra o Chile

“É claro que tem intuição do jogador, mas as coisas são treinadas, a gente recebe vídeos, tem palestras, eu sabia que ali era um espaço que eu poderia aproveitar, segurei a bola e vi a passagem do Danilo, que faz isso como ninguém. Tenho liberdade para flutuar dentro da área e do lado direito, onde gosto de jogar. Puder ajudar na jogada e fiquei muito feliz pelo gol do Everton Ribeiro”.

Cobranças

“Pressão gostosa, hein? Jogar no Flamengo e na Seleção, bater recordes no Flamengo e na Seleção, sete vitórias seguidas… Essa pressão é muito boa, espero ter mais vezes, com o professor me convocando”.

Falta de entrosamento

“Particularmente, jogo num time há três anos, com jogadores com quem jogo há anos, óbvio que tem diferença, mas com o treinamento vamos melhorando, ganhando sequência, a qualidade individual ajuda bastante, jogo ao lado de grandes jogadores, aos poucos vamos nos ajudando dentro de campo”.

Tite diz que dá liberdade para Gabigol em campo

Gabigol passou em branco na vitória da Seleção Brasileira sobre o Chile por 1 a 0. Para muitos, por culpa do técnico Tite, que o escalou quase como um ponta direita. Bom, em entrevista coletiva concedida neste sábado, o treinador afirmou que dá liberdade ao artilheiro e que continuará dando no jogo contra a Argentina.

– Fiz anotação sobre Gabigol (enquanto você questionava) e escrevi liberdade. Acompanhamos Gabi no Flamengo, no Santos, nos enfrentamentos. Precisa de espaço de movimentação, se for só o pivô, vou retirar características melhores. Vai ter técnico que quer que ele faça o que não faz de melhor. Essa liberdade de movimentação eu dou. No Santos a origem foi de externo, para ter esses movimentos todos de liberdade de movimentação. Não é campo todo, é centro-direita onde se sente melhor. A partir daí sim, ter presença de área – explicou o treinador da Seleção.

Abaixo, outros trechos da entrevista de Tite. Brasil x Argentina

“Não adianta usar der hipocrisia. É inevitável dizer que o jogo tem conotação diferente. A gente só rivaliza com quem admira. São jogos assim, como quando em clubes contra Boca, River, Estudiantes, San Lorenzo, Racing… fica outra atmosfera. Mas o que não podemos é jogar o jogo antes, temos absorver energia, ter serenidade, equilíbrio, discernimento. É um jogo emocional que mobiliza, que provoca perguntas, mas essa ponderação é fundamental”.

Jogo no estádio do Corinthians

“O espetáculo amanhã (domingo) vai ficar muito melhor. Vi jogo pela TV esses dias, no Maracanã, e o comentarista falou sobre acelerar jogo, lentidão no toque. Depois o repórter, que ouviu e captou, disse que o atleta comentou que o campo estava ruim, que não dava para sair jogando. Como vai botar velocidade na jogada, se tem que ficar com olho na bola, se precisa de dois, três toques? Essa é a importância de um bom gramado como do estádio do Corinthians. 99% dos jogadores pedem: “por que não jogamos todas aqui?” Todos querem bom jogo, bom gramado, para terem velocidade de raciocínio, de execução”.

A partida entre Brasil e Argentina terá a transmissão da TV Globo, do Sportv e do GE.

Leo Santos
3092 artigos
Leonardo Santos é jornalista esportivo com passagens por grandes jornais do Brasil como Lance e Grupo Globo. Escreve para o Apostagolos desde 2021.