A Seleção Brasileira jogou mal, mas fez o suficiente para vencer a Venezuela por 3 a 1, na noite desta quinta-feira, em Caracas, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Marquinhos, Gabigol, de pênalti, e Antony marcaram os gols da vitória de virada do Brasil. Com o resultado, a equipe do técnico Tite se isola ainda mais na liderança da competição. Agora com 27 pontos, oito a mais que a Argentina, vice-líder. A Seleção Brasileira tem 100% de aproveitamento (nove vitórias em nove jogos).
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– Foi uma partida complicada, começamos muito abaixo do que podemos fazer. É difícil buscar o resultado, mas o resultado final é o que conta. É o desempenho no segundo tempo e o resultado positivo que conseguimos – disse o zagueiro Marquinhos após a partida.
– Bola parada é decisivo, por isso trabalhamos muito. Tentamos trabalhar o máximo possível porque hoje em dia faz muito a diferença – acrescentou o jogador, que marcou o primeiro gol do Brasil na partida de cabeça.
O jogo
Como dito por Marquinhos, foi um primeiro tempo bem ruim da Seleção Brasileira. Com pouquíssima inspiração, o Brasil quase não criou e acabou sofrendo um gol de cabeça, marcado por Eric Ramírez. A melhor chance da Seleção foi com Everton Ribeiro. Ele tentou cruzar para Gabigol, a bola bateu na defesa venezuelana e foi no travessão.
No segundo tempo, o panorama do jogo mudou. As entradas dos rápidos e habilidosos Raphinha, Vinicius Júnior e Antony melhoraram a Seleção, que virou pra cima da Venezuela. Marquinhos, de cabeça, marcou o primeiro. Gabigol sofreu pênalti, cobrou e marcou o segundo. E Antony, após bela jogada de Raphinha, marcou o terceiro.
Vale lembrar que Neymar, suspenso, não jogou. E, é claro, fez muita falta à Seleção Brasileira. O craque assistiu ao jogo da arquibancada do estádio e não conseguiu participar da atividade pós-partida por conta da enorme tietagem local.
A Seleção Brasileira volta a campo neste domingo, às 18h, para enfrentar a Colômbia, em Barranquilla. O jogo é válido pela quinta rodada das Eliminatórias.
Escalação da Seleção: Alisson, Danilo (Emerson), Marquinhos, Thiago Silva e Guilherme Arana (Alex Sandro); Fabinho, Gerson, Everton Ribeiro (Raphinha) e Lucas Paquetá; Gabriel Jesus (Antony) e Gabigol. Técnico: Tite.
Confira os outros resultados da 11ª rodada das Eliminatórias:
Uruguai 0 x 0 Colômbia
Paraguai 0 x 0 Argentina
Equador 3 x 0 Bolívia
Peru 2 x 0 Chile
Confira a entrevista do técnico Tite:
Análise do jogo – “Está correto que não tivemos o processo de criação e conclusão, com exceção de 10, 15 minutos, que teve uma bola no poste (de Everton Ribeiro, aos 21 minutos) e outros dois lances. Venezuela teve gol, terminou melhor primeiro tempo. Tivemos um segundo tempo de alto nível, com entradas de peças que nos deram não só os gols, mas o desempenho para ter a vitória”.
Os estreantes – “Tivemos alguns jogadores que tiveram dois trabalhos táticos. Raphinha, Antony, Artur (Cabral). E esses momentos servem pra botar na arena! Bota na arena para jogar! Eu estava falando com o Juninho antes, é isso que estamos fazendo.
Nossa campanha tem alguns desses momentos. E há oscilações, e elas são do jogo. Tem que ser cascudo para saber que estava perdendo o jogo e se manter concentrado, com as peças que entram e dão a contribuição técnica.
No intervalo, eu coloquei para eles. Quando uma equipe não está bem, é sempre o conjunto. Eu falei: “Vocês precisam melhorar o desempenho individual de vocês”. A estrutura e equilíbrio, são minhas. Mas vamos elevar o nível técnico e a gente vai ter essas peças importantes que entraram.
E nessa parcela de contribuição, vamos colocando jovens. Arana jogou muito e estreou hoje. Quem nunca colocou uma camisa pesada… não é jogar no Corinthians, no Atlético, me desculpe, mas vem com uma expectativa muito grande. São duas grandes equipes, claro que sim, mas a expectativa. E aí o Arana foi para o jogo, natural. E esses jovens, vamos dando condições de colocá-los para jogar e ver suas próprias reações nos jogos“.
Causas das dificuldades – “Algumas coisas são importantes. Primeiro a Venezuela acelerou bastante a marcação no primeiro tempo. No segundo, naturalmente os espaços acontecem. Segundo aspecto, entrada dos atletas que participaram dos trabalhos táticos foram fundamentais.
Quanto a gente fala de equipe, a gente fala que aqueles atletas que entram, eles dão parcela de contribuição importante. Raphinha, Antony, Vinicius, Emerson, Alex Sandro. Conjunto estabelece onde tiver necessidades, ter ritmo mais forte”.
Venezuela – “Eu assisti o jogo contra a Argentina, quando estava 11 contra 11, um jogo difícil, com a Venezuela criando oportunidades e sendo perigosa. O placar só se estabeleceu para a Argentina depois que teve um a mais. Parabenizei quando acabou o jogo”.
Dois volantes – “É o processo criativo nosso, não considero Gerson um volante. Considero Gerson um articulador, de criação. Ele tem sua origem como 10, no seu clube está mais adiantado. Quem vê o posicionamento dele o vê mais avançado, entre linhas. Se olhar o Gerson, ele atuou muito mais como articulador. Por isso a escolha por ele, não do Fred”.
De Arrascaeta se machuca em jogo do Uruguai
No empate em 0 a 0 entre Uruguai e Colômbia, o craque uruguaio Giorgian De Arrascaeta sentiu dores musculares e precisou ser substituído ainda no primeiro tempo. O fato, é claro, preocupou a torcida do Flamengo, clube pelo qual o meia joga. Ainda não se sabe se Arrasca desfalcará a seleção uruguaia nos próximos jogos das Eliminatórias.