Na atual temporada, os clubes brasileiros superaram a marca de R$ 2 bilhões gastos em contratações. Em consequência disso, o assunto fair play financeiro veio à tona e virou tema recorrente em entrevistas com presidentes e gestores dos clubes da Série A do futebol nacional. No último fim de semana, o técnico Rogério Ceni deixou um alerta durante a entrevista coletiva do Bahia após a vitória sobre o Atlético-MG.
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“Tem time aí falando de fair play financeiro e enfia R$ 300 milhões…e cacete no fair play financeiro”, afirmou o treinador.
O fair play financeiro consiste em um conjunto de regras que fiscalizam os gastos financeiros dos clubes para que eles não percam a sustentabilidade a longo prazo, evitando atrasados em seus compromissos, sejam com funcionários, outros clubes ou com o Estado. Na Europa, as principais ligas já aplicam essas regras, assim como a Uefa, permitindo que os times disputem seus torneios somente se seguir os critérios estabelecidos.
Com apenas dois anos sob gestão do Grupo City, o Bahia bateu recordes regionais de investimento para aquisição de atletas, com R$ 119,7 milhões gastos. Se for levar em conta o recorte nacional, o Tricolor ainda está numa posição intermediária. Segundo levantamento divulgado pelo site “Globoesporte.com”, o time baiano foi apenas o nono clube que mais investiu em reforços na temporada de 2024.
Ainda de acordo com o site, Botafogo e Flamengo foram os clubes que mais gastaram. Inclusive, a dupla carioca protagonizou, fora do campo, os principais debates sobre fair play financeiro. O presidente rubro-negro Rodolfo Landim chegou a criticar os investimentos em contratações feitos pelo Alvinegro. Por outro lado, John Textor, dono da SAF botafoguense, rebateu informando que o clube gasta apenas 45% das receitas em pagamento de salários.
