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Quatro episódios que mostram os altos e baixos da relação entre Neymar e Mbappé

A relação entre Neymar e Mbappé, atualmente, não é das melhores
A relação entre Neymar e Mbappé, atualmente, não é das melhores. Foto: IMAGO / PanoramiC

O atrito entre Neymar e Mbappé para ver quem deve ser o cobrador de pênaltis principal do Paris Saint-Germain é apenas mais um episódio da relação nem sempre harmoniosa entre os craques. O Apostagolos.com resgata como a dinâmica entre os jogadores foi construída desde 2017, quando se juntaram no elenco do time francês. Do bullying ao pedido de saída, os astros travam uma disputa silenciosa pela dominância do vestiário no Parc des Princes.

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Donatello na área

Neymar e Mbappé chegaram juntos ao PSG, no começo da temporada de 2017/2018. O brasileiro, como a contratação mais cara da história do futebol mundial; o francês, como o novo fenômeno em ascensão nos gramados europeus, depois de temporada impressionante pelo Monaco.

Apesar de estar na cidade natal, Mbappé encontrou no vestiário um ambiente menos acolhedor do que o possível. Enquanto isso, o brasileiro achou nos outros brasileiros no elenco, Thiago Silva, Marquinhos, Daniel Alves e Lucas Moura, um porto seguro.

Logo surgiram as notícias do apelido que deram a Mbappé nos bastidores, especialmente Dani Alves e Neymar: Donatello, personagem do desenho animado “Tartarugas Ninjas”, uma referência à aparência do francês. Reportagens do começo de 2018 afirmaram que Fayza Lamari, ex-jogadora profissional de handebol e mãe de Mbappé, estava descontente com o tratamento dado ao filho, de 19 anos na época.

Título na Rússia

Publicamente, Mbappé sempre deu entrevistas afirmando que compreendia o protagonismo de Neymar no PSG. O brasileiro chegou entrando em atrito com Cavani, então principal jogador do time, para assumir a função de cobrador de pênaltis. O papel de coadjuvante do francês começou a mudar ao fim da temporada 2017/2018. Ambos foram defender suas seleções na Copa do Mundo da Rússia. Enquanto Neymar parou nas quartas de final e virou meme ao ser acusado de simular lesões durante o Mundial, Mbappé foi o camisa 10 da França na conquista do título, com quatro gols marcados, incluindo um na decisão, sobre a Croácia.

Protagonismo no Parc

A primeira temporada de Neymar e Mbappé pelo PSG terminou com o brasileiro lesionado, o que viria a ser recorrente nos anos pela equipe francesa. Ainda assim, os números do camisa 10 foram melhores que os do francês. Neymar participou diretamente de 45 gols do time, entre gols e assistências, contra 36 de Mbappé.

Porém, as temporadas seguiram com Neymar sofrendo com lesões, jogando menos e sendo cada vez menos decisivo. Mbappé, por sua vez, acumulou muitos minutos em campo e passou a ser mais fundamental para as vitórias do time. De 2018 a 2022, sempre o francês fechou a temporada à frente. Na última, a superioridade foi a maior de todas: Mbappé participou de 60 gols e assistências, contra apenas 21 de Neymar.

Exigências para renovar

O crescimento de Mbappé no elenco do PSG foi tamanho que, ao fim da última temporada, o clube francês moveu mundos e fundos para mantê-lo e evitar a transferência para o Real Madrid, dada como certa na Espanha. O principal ponto de convencimento foi a confirmação do novo status de principal astro do time. Mbappé passou a receber o maior salário do elenco, superior ao de Neymar.

Além disso, foi ouvido sobre o projeto futuro do clube. E o francês deixou claro nas conversas o desejo de maior comprometimento do elenco. O pedido foi entendido como um recado para a direção em relação a Neymar. Começaram então as especulações sobre uma saída de Neymar na última janela de transferências, o que não se concretizou. O que ficou claro é a mudança de status. Mbappé se tornou o primeiro batedor de pênaltis da equipe e o fato desencadeou o atrito com Neymar na partida contra o Montpellier. O brasileiro não gostou da perda de espaço, tanto que foi às redes sociais curtir postagens que criticavam Mbappé como o batedor oficial do time.

Diana Figueiredo
201 artigos
Diana Figueiredo é jornalista há mais de 15 anos. Trabalhou no Jornal Extra e no Jornal O Globo de 2012 a 2018, onde escreveu para editorias como economia, mundo e turismo. No Jornal O Globo escreveu também no blog Aqui se Bebe sobre cervejas e uma coluna de mesmo nome no caderno RioShow. Entusiasta do mundo das apostas esportivas legais e dos esportes, desde 2016 é também editora do blog de viagens Diana Viaja.