Treinadora disputa o seu primeiro Mundial Feminino comandando o Brasil.
Na Seleção Brasileira desde 2019, a técnica Pia Sundhage está disputando uma Copa do Mundo pela primeira vez com a formação canarinha. Antes disso, ela passou por Olimpíadas e Copa América. Agora, a treinadora sueca tem um confronto importantíssimo pela terceira rodada do Grupo F. Como o Brasil está na terceira posição, da chave, é vencer ou vencer a Jamaica para avançar de fase.
“Eu tenho a experiência de quatro anos. Quero acreditar que fizemos diferença e mudanças em quatro anos, e é só o início. Eu lembro do primeiro jogo que vi de clubes, do Internacional, e comparo ao último que vi do Corinthians, na final. Não só a diferença de público, mas de atitude. Quero acreditar que essas mudanças foram feitas. Quando olho para a Seleção, vejo mudanças no estilo de defender. Você pode vencer um jogo e você pode controlar um jogo defendendo bem. Você não precisa ter 60% de posse de bola para vencer um jogo, um bom exemplo disso é o Japão, mas esse não é o estilo do Brasil. A personalidade do ataque virá com uma defesa sólida. Acho que essa foi a principal mudança na Seleção”, disse Pia em entrevista coletiva.
O duelo decisivo será nesta quarta-feira (2), às 7h, no horário de Brasília. O palco da partida vai ser o Melbourne Rectangular Stadium, na cidade australiana de Melbourne. Nas conversas com os jornalistas, a técnica comentou o fato de o Brasil contar com 11 atletas que até a estreia nunca tinham jogado um Mundial.
“Temos algumas jogadoras que nunca tiveram experiência de Copa do Mundo antes. Tomara que, para amanhã, elas tragam essa personalidade brasileira, de ataque, e sejam tão felizes dentro de campo como elas são fora. Usar essa energia. Ao mesmo tempo, ser inteligente e organizado na defesa. As coisas estão acontecendo, mas reitero: este é só o início para o Brasil. As coisas estarão bem diferentes daqui a quatro ou oito anos”, disse.
Nervosismo e pressão
Pia Sundhage sabe que o próximo jogo contará com um componente emocional muito forte. Trata-se de uma verdadeira decisão, já que o time não pode nem empatar. Só a vitória interessa para as brasileiras.
“No dia após a derrota contra a França, entramos todas em uma montanha-russa de emoções, mas deixamos isso para trás. Agora, é o tempo e a chance para preparar para o próximo jogo. ‘Juntas’ é uma palavra, temos que ter ações por trás das palavras. Eu pergunto isso a elas, o que significa essa palavra para cada uma. Isso é tudo. Sobre essas ações, espero que a gente as faça amanhã.”
A comandante também fez questão de enaltecer a qualidade da próxima seleção adversária.
“Estudar a outra equipe é muito importante e passar às jogadoras que tipo de jogo está por vir também. Um empate 0 a 0, a Jamaica está dentro, um 1 a 0 para o Brasil, nós estamos dentro. Um gol muda o jogo totalmente. Então, é claro que estamos preparadas para isso. Vamos rever o que vamos fazer, mas é um bom time. Batalharam contra a França para conquistar um ponto. É um time físico, muito rápido, então é uma coisa que precisamos nos atentar”, concluiu.