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Milene: ‘A seleção feminina está mentalmente mais forte’

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Marta jogou quando a seleção feminina perdeu para a França em 2019. Crédito: Divulgação / CBF

A chance de revanche chegou cedo para a seleção feminina na Copa do Mundo. Sábado, a equipe vai encarar a França pelo Grupo F e, se vencer, praticamente eliminará as francesas ainda no segundo jogo do torneio. Elas vêm de empate com a Jamaica, na primeira rodada. Seria troco e tanto depois de as europeias terem derrotado o Brasil nas oitavas de final do Mundial passado, em 2019.

Trabalho da seleção feminina é mais longo

Em entrevista exclusiva ao Apostagolos.com, Milene Domingues não acredita em jogo fácil para a seleção feminina. Mas ela reconhece que ao menos uma vantagem as brasileiras deverão ter no jogo em Brisbane. A parte mental das jogadoras treinadas por Pia Sundhage está um patamar acima, acredita.

“A França é uma das favoritas ao título, mas precisamos ver, depois do primeiro jogo delas, como as meninas vão levar essa situação. A parte psicológica conta muito. E o Brasil nunca foi tão bem preparado psicologicamente para uma Copa do Mundo quanto agora. As francesas podem não estar tão fortes mentalmente, mas isso não tira o mérito técnico das jogadoras. Mas definitivamente será um jogo decisivo para elas. Eram favoritas do grupo e podem agora, dependendo do jogo, nem se classificar”, afirmou.

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Ajuda o Brasil, nesse aspecto de força mental, a estabilidade que a seleção ganhou desde que Pia Sundhage assumiu o comando da equipe, depois da Copa do Mundo de 2019. A França vive exatamente o oposto. A treinadora Corinne Diacre foi demitida a quatro meses do Mundial. O francês Hervé Renard, que comandou a Arábia Saudita na última Copa do Mundo Masculina, assumiu o time.

“As jogadoras da França tiveram essa mudança de técnico às vésperas de uma Copa do Mundo. O treinador é seu líder. Ainda que a decisão dentro de campo seja das jogadoras, você precisa confiar naquilo que ele fala. E por melhor que seja o técnico, se não tiver tempo de trabalho, vai ter dificuldades que talvez não tivesse”.

Revanche quatro anos depois

Muita coisa mudou em relação àquela partida em 2019, no Mundial realizado na França. As donas da casa e as brasileiras fizeram um jogo parelho que terminou com vitória francesa por 2 a 1. A mudança mais drástica na seleção feminina do Brasil. Apenas duas titulares daquela partida quatro anos atrás começaram o jogo contra o Panamá: a lateral-esquerda Tamires e a atacante Debinha.

Já no lado da França, quatro jogadoras seguem entre as 11 titulares: Renard, Majri, Diani e Le Sommer.

Apesar de o Brasil estar numa situação melhor para o jogo de sábado e o empate da França com a Jamaica ter sido inesperado, Milene Domingues não acredita que isso fará Pia Sundhage trocar de estratégia.

“Não creio que ela mude, mesmo sabendo que a França tropeçou. Era um jogo em que esperávamos que ela dominasse mais .O esquema de jogo do Brasil deverá ser o mesmo, apesar de a França precisar mais da vitória à essa altura. O Brasil deve seguir seu objetivo, e o objetivo é vencer a França. A França tem uma seleção muito boa. O Brasil vai tentar vencer a partida, é uma Copa do Mundo, não tem jogo fácil. É importante ser o primeiro do grupo. É preciso também sentir o termômetro do jogo.

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O palpite da Milene

Milene disse ainda que aposta em um empate em 0 a 0 entre as seleções, o que deixaria o Brasil em boa condição para avançar em primeiro lugar do Grupo F. Afinal, na última rodada, pegará a Jamaica.

“Eu acredito que vai ser um jogo um pouco mais complicado. Como essa Copa tem tido menos gols, eu acho que ficaremos no 0 a 0. O que já é ótimo resultado para o Brasil. Passamos sempre um sufoco contra a França, porque sabemos da capacidade do time adversário. Mas um 0 a 0 está mais do que suficiente para nos classificarmos. A França tem uma ótima defesa, talvez a defesa delas faça uma ótima partida e nosso ataque não consiga encaixar. Vai ser um jogo decisivo e o mais importante é pontuar”.

Embaixadora do Apostagolos

Milene Domingues é embaixadora do Apostagolos.com durante a Copa do Mundo Feminina. Ela é a primeira convidada do quadro “Elas no Apostagolos”, que contará com a presença de grandes mulheres do esporte brasileiro.

Bruno Marinho
42 artigos
Jornalista esportivo com passagens pelas redações do 'Lance', do 'Extra' e do 'Globo', com a cobertura das Copas do Mundo de 2014, 2018 e 2022 no currículo. Apaixonado por esportes e boas histórias.