O jogador de vôlei Mauricio Souza foi afastado pelo seu clube, o Fiat Minas Gerdau, por conta de homofobia nas redes sociais, na terça-feira. A suspensão era por tempo indeterminado. Mauricio também havia sido multado. Um dia depois (nesta quarta-feira), porém, após receber muita pressão, o Minas decidiu rescindir o contrato do jogador.
O atleta, agora ex-Minas e da Seleção Brasileira, criticou um beijo homoafetivo de um desenho de super-heróis. Na ocasião, ele afirmou: “Ah, é só um desenho, não é nada demais… Vai nessa que vai ver onde vamos parar”. E não parou por aí. Nos dias seguintes, o atleta seguiu defendendo o discurso homofóbico.
A Fiat e a Gerdau, principais patrocinadoras do Minas, pediram providências ao clube por conta das publicações e foram atendidas. No Twitter, Mauricio chegou a se retratar a pedido do Minas.
“Pessoal, após conversar com meus familiares, colegas e diretoria do Clube, pensei muito sobre as últimas publicações que eu fiz no meu perfil. Estou vindo a público pedir desculpas a todos a quem desrespeitei ou ofendi, esta não foi minha intenção”, disse.
No Instagram, porém, o atleta não apagou as suas publicações polêmicas. É lá, vale frisar, que ele tem mais seguidores. Mais de 250 mil. No Twitter, quando a retratação foi publicada, eram menos de 1 mil.
Assumidamente homossexual, o jogador Douglas Souza, companheiro de Mauricio Souza na Seleção Brasileira, elogiou a postura dos patrocinadores do Minas.
“(…) Cansado disso, de sempre ter falas criminosas, e no máximo o que rola é uma “multa” e uma retratação nas redes sociais. Até quando? Feliz pelas empresas estarem se juntando contra e triste por atletas tentarem passar o pano nisso. Vergonhoso. Todos os dias, todas as horas um dos nossos morrem. E o que temos? Uma retratação…..”, disse, entre outras coisas, o atleta Douglas antes de saber que o jogador teria o contrato rescindido.