Após renúncia no último domingo (10), o ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol Luis Rubiales virou réu e foi convocado pela Justiça da Espanha para prestar depoimento sobre o polêmico beijo sem consentimento em uma jogadora da seleção do país. Ele responderá pelo crime de agressão sexual, o mesmo que foi acusado o brasileiro Daniel Alves.
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O dirigente deu um beijo na boca de Jenni Hermoso durante a cerimônia de premiação da final da Copa do Mundo feminina, disputada na Austrália. Na ocasião, a Espanha havia conquistado o inédito título da competição.
Por algumas semanas, Rubiales manteve o discurso de que o beijo foi apenas um “gesto de carinho entre amigos” e insistiu que permaneceria no cargo de presidente da Federação Espanhola.
“Não vou deixar meu cargo. Foi um beijo espontâneo, mútuo e muito consentido”, declarou Rubiales em uma assembleia extraordinária convocada pela federação espanhola uma semana depois do beijo. “O desejo que eu tinha de dar esse beijo era o mesmo que eu teria de dá-lo na minha filha”.
A atleta Jenni Hermoso desmentiu o dirigente e afirmou que o beijo foi sem seu consentimento. Diante do caso, a Fifa optou pela suspensão do cartola por 90 dias enquanto abria um processo disciplinar para julgar o caso.
Pressionado, Rubiales anunciou no último domingo sua renúncia à presidência da Federação Espanhola. Ele será julgado em processos disciplinares na Fifa e no Conselho de Esportes da Espanha.