Ao longo dos anos, os recursos vêm aumentando na modalidade.
Passado a eliminação vexatória do Brasil na Copa do Mundo 2023, o futuro da modalidade no país tem sido debatido. Há pessoas que têm o receio de que os investimentos no futebol feminino sejam reduzidos por conta da precoce queda na disputa realizada na Austrália e Nova Zelândia.
Ainda na quarta-feira (2), após o empate de 1 a 1 com a Jamaica no Melbourne Rectangular Stadium, na Austrália, a CBF soltou uma nota oficial. No comunicado, assinado pelo presidente Ednaldo Rodrigues, os investimentos no futebol feminino não serão interrompidos por parte da entidade. Confira:
“Acompanhei de perto o comprometimento, foco e empenho das jogadoras e comissão técnica nessa Copa do Mundo Feminina. Infelizmente, a eliminação do Brasil foi precoce e o resultado da Seleção ficou aquém do esperado. Agora, é absorver o resultado e analisar com calma tudo o que aconteceu neste ciclo.
Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF, na minha gestão, de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar este investimento. A técnica Simone Jatobá está neste momento na Granja Comary com a Seleção Sub-17 e, em dezembro, ela convoca pela segunda vez na história a Seleção Sub-15. Vamos implementar também, ainda esse ano, durante as férias escolares, o Campeonato Brasileiro Sub-15/17, envolvendo todas as regiões do país. Competição essa que, em um curto prazo, revelará quase 1.500 novas jogadoras.
É com seriedade, trabalho e comprometimento que crescemos. Essa Copa do Mundo despertou o Brasil para o futebol feminino e, junto com o torcedor, vieram novos patrocinadores.
Tivemos a maior cobertura jornalística da história da Seleção Brasileira Feminina, não só no Brasil, como também na Austrália. O esforço das empresas de comunicação e a dedicação dos profissionais de imprensa, que dedicaram um espaço relevante em seus veículos para a preparação da Seleção, levaram para o Brasil e para o mundo imagens e momentos emocionantes. Um universo que antes existia apenas no futebol masculino.
Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar. Faremos os investimentos necessários para que o Brasil venha nos Jogos Olímpicos, assim como nas próximas competições, com ainda mais apoio em busca dos melhores resultados.
Levo comigo e agradeço todo o carinho e apoio da torcida com a Seleção Brasileira Feminina. Essa foi certamente a maior de todas as conquistas.”
O Brasil levou para a Oceania a sua maior delegação em toda história da Copa do Mundo Feminina. A equipe era composta por 23 jogadoras, além de 37 profissionais das mais variadas áreas de atuação. Vale destacar também que dos 37 funcionários, 18 eram mulheres.
Anteriormente, nunca a Seleção Brasileira havia contado com dois médicos, e observadores técnicos.
Pia Sundahge permanece no comando?
Uma matéria publicada pelo portal GE.com também na quarta-feira, trouxe a informação de que o presidente da CBF irá analisar com cabeça fria a permanência da treinadora sueca.
Pia Sundage está no cargo desde 2019. Na ocasião, ela foi contratada por Rogério Caboclo, ex-presidente da CBF, afastado do cargo por denúncias de abuso sexual e moral. O contrato da técnica chega ao fim no meio de 2024.