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Marta se emociona ao falar da evolução do futebol feminino

Marta
Crédito: IMAGO / Sven Simon

Jogadora de 37 anos está disputando a sua sexta edição de Copa do Mundo.

Está encerrada a preparação da Seleção Brasileira para o duelo decisivo contra a Jamaica na Copa do Mundo Feminina. Na manhã desta quarta-feira (2), às 7h, horário de Brasília, a bola rola no Melbourne Rectangular Stadium. O jogo vale pela terceira rodada do Grupo F. Só a vitória interessa para a formação canarinha.

“Cada jogo é diferente, o favorito nem sempre ganha. Temos que respeitar o adversário, independentemente de quem está do outro lado. É 11 contra 11. Nunca vi ninguém jogar com 12 ou 13. Temos que fazer acontecer dentro de campo, para que a gente possa se sentir confortável nessa situação. Antes da bola rolar, é tudo igual. Quando rolar, temos que mostrar o nosso futebol. Isso vai depender do nosso desempenho, até então, não tem nada definido”, falou a atacante Marta, em coletiva, sobre o retrospecto favoritismo no duelo.

Antes, Brasil e Jamaica se enfrentaram duas vezes. As brasileiras ganharam todas. O confronto mais recente ocorreu na Copa do Mundo de 2019, na França. Nesta oportunidade, também válida pela fase de grupos, a seleção construiu o placar de 3 a 0.

Jogo pode ser o último de Marta em Copas

Para Marta, seis vezes a Melhor Jogadora do Mundo (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018), o jogo contra as jamaicanas pode ser o último em copas em caso de eliminação. Perguntada sobre o reconhecimento que ela tem dentro e fora do Brasil, ela se emocionou.

“Sabe o que é legal? Quando eu comecei a jogar, eu não tinha uma ídola no futebol feminino. A imprensa não mostrava jogo do futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à seleção, e me tornar uma referência? Hoje a gente sai na rua e os pais falam. “Minha filha quer ser igual a você”. Hoje temos nossas próprias referências. Isso não teria acontecido isso se nós tivéssemos parado nos obstáculos. A gente pede muito que a nossa geração continue inspirando mais meninas. Há 20 anos, em 2003, ninguém conhecia a Marta. Vinte anos depois, viramos referência para o mundo inteiro. Não só no futebol, mas no jornalismo também. Hoje vemos mulheres aqui, que não víamos antigamente. A gente acabou abrindo portas para a igualdade.”

No fim, a atacante também comentou sobre a diferença da jogadora que ela era antigamente para a que ela é hoje em dia.

“A Marta de 2007 era mais rápida. Hoje tenho que pensar mais em como agir dentro de campo. Com toda essa experiência e todos esses anos de carreira, vou tentar, de alguma forma, tanto dentro de campo, como fora, passar tranquilidade e mostrar que somos capazes de vencer a Jamaica novamente. Aconteceu em 2007, aconteceu em 2019 e vai acontecer amanhã, assim espero”, concluiu.

Carreira na Seleção

Ao longo dos anos, até agora, Marta vestiu a camisa da Seleção Brasileira em 176 partidas. Nestes jogos, ela balançou as redes adversárias em 122 oportunidades. A alagoana também é a jogadora que mais fez gols pelo Brasil na seleção feminina. Ela também é a maior goleadora das histórias dos mundiais – tanto masculino quanto feminino. São 17 gols feitos.

Nos dois primeiros jogos do Brasil nesta Copa do Mundo, a técnica Pia Sundhage optou por deixar a Marta no banco de reservas. A jogadora entrou nos duelos contra Panamá e França no decorrer das partidas.

Leandro Gaignoux
316 artigos
Graduado em 2013, Leandro é um jornalista apaixonado por esportes. Iniciou sua trajetória profissional na Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, no Departamento de Esportes, em 2011, ainda como estagiário. Dois anos mais tarde, trabalhou na editoria de Cidade/Geral do Portal Manchete On-line. Desde 2017, atua como redator no fascinante mundo das apostas esportivas. Começou a colaborar para o Apostagolos em 2022.