Confirmada nesta segunda-feira a reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF. Apoiado por todas as federações, ele foi candidato único nas eleições. Existia a possibilidade de o ex-jogador Ronaldo Fenômeno concorrer, mas ele desistiu pois quase não teve apoio.
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– Celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos – disse Ednaldo.
O novo mandato de Ednaldo é válido até março de 2030.
O ex-jogador Ronaldo Fenômeno, pentacampeão mundial, falou o seguinte sobre as eleições da CBF.
– Minha decisão de querer me candidatar é que minha vida é o futebol sentia um dever de tentar melhorar o futebol brasileiro com o que tinha pra oferecer. Falei com minha família, ninguém queria que eu entrasse nessa p****, mas precisava tentar. Eu vi alguns jornalistas encomendados falando que era jogada de marketing, enfim… convenci meus amigos e família, arrumei minha turma e sabia que era difícil, mas não sabia que era impossível. O sistema não deixa realmente ninguém entrar – disse Ronaldo, em entrevista ao Charla Podcast.
– A CBF nunca teve eleição com duas pessoas. Falei com presidentes de clubes e federações, expliquei. A CBF assumiria os estaduais, a CBF pagaria as premiações, só Carioca e Paulista pagam uma grana legal. Fizemos, nos programos, falei com as pessoas. Quando senti que as coisas estavam apertando, decidimos mandar um e-mail para as federações para expor minhas ideias e o plano de desenvolvimento do futebol – acrescentou.
Ronaldo, por fim, falou sobre as respostas que recebeu das federações.
– Em dois dias, 20 federações responderam com uma resposta padrão: ‘Ronaldo, respeitamos sua história, mas não podemos te receber porque estamos alinhados com a excelente gestão de Edinaldo Rodrigues’. Ninguém está alinhado, ninguém confia em ninguém ali, uma confusão danada. Os benefícios que a CBF manda para as federações, com esse processo eleitoral frágil, ele determina. Assim que é usado o poder, eu não imaginava tão pesado o sistema, mas eu não vou desistir. Eu quero ajudar, tem solução para tudo, tem que ter gestão, acreditar na gestão. Na CBF é tudo muito centralizado, geral ficou escanteado – finalizou.