O Flamengo frustrou a sua torcida na noite deste domingo, no Maracanã, ao empatar em 0 a 0, com o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro. Era a chance de encostar no Atlético-MG, que foi derrotado pelo Atlético-GO, fora de casa, por 2 a 1, de virada. Agora, são 10 pontos separando as duas equipes. Poderiam ser oito. O Rubro-Negro carioca, vale lembrar, tem dois jogos a menos.
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Flamengo 0 x 0 Cuiabá
Como esperado, o Flamengo teve mais posse de bola. Ficou praticamente o jogo todo no ataque. Mas não criou tantas chances como de costume, porque o Cuiabá, do técnico Jorginho, armou um ferrolho. Se defendeu muito bem com destaque para o experiente zagueiro Paulão, ex-Vasco, que ganhou praticamente todas as jogadas do ataque rubro-negro.
O Flamengo chegou a balançar a rede com Michael no primeiro tempo. Mas o árbitro Flávio Rodrigues de Souza anulou o gol, alegando impedimento do lateral-direito Matheuzinho, que participou da jogada. O comentarista de arbitragem do Grupo Globo Sandro Meira Ricci, no entanto, não concorda com a marcação.
– O Matheuzinho estava adiantado, mas o Empereur (zagueiro do Cuiabá) joga a bola. Ao jogar a bola ele habilita, tira o impedimento. A questão é saber se o árbitro considera que o Matheuzinho, pela proximidade, interfere na possibilidade de o Empereur jogar. Eu não considero – disse Ricci ao Sportv.
No segundo tempo, mais polêmica. Já no fim do jogo, o atacante Vitinho, do Flamengo, foi atingido no rosto dentro da área pelo jogador do Cuiabá, mas a arbitragem mandou o jogo seguir.
– A gente vê que o braço realmente tem contato com o rosto. O jogador salta, acaba abrindo o braço. Para mim, é pênalti. Já vimos, inclusive, o Flávio (Rodrigues de Souza) marcando um pênalti simular no jogo do Atlético-MG, num lance do Hulk, que ele salta dessa forma e atinge um jogador. Muito similar. Para mim, foi pênalti – acrescentou Ricci.
O Flamengo, representado pelo vice de futebol Marcos Braz, vai à CBF reclamar. Deixando as polêmicas de lado, o Flamengo não teve tantas chances claras de gol. Faltou criatividade e pontaria nos poucos momentos de perigo. O Cuiabá só ameaçou mesmo uma vez, no primeiro tempo, quando Diego Alves fez uma bela defesa. O goleiro, por sinal, completou 200 jogos com a camisa rubro-negra.
– Quando você pega uma equipe bem fechada, ela tira todos os espaços, ela não deixa você chutar. No futebol é muito mais fácil destruir do que construir. No momento, por mais talentosos que sejam os jogadores, se eles não tiverem espaços para construir, fica difícil – disse o técnico Renato Gaúcho.
Os pouco mais de 8 mil rubro-negros presentes ao Maracanã, que começaram o jogo empolgadíssimos com a derrota do Galo, deixaram o estádio vaiando o time. O Flamengo volta a campo nesta quarta-feira, às 21h30, para enfrentar o Athletico-PR, na Arena da Baixada, no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil.
Arbitragem também erra no jogo do Atlético-MG
O Atlético-MG, líder do Brasileirão, foi derrotado por 2 a 1 pelo Atlético-GO. O único gol do Galo foi marcado pelo zagueiro Nathan Silva, de cabeça. Mas na partida o que mais chamou a atenção foi um erro de arbitragem grosseiro. Raphael Claus foi ao VAR e não deu o pênalti do jogador do Atlético-GO Gabriel Baralhas, que colocou a mão na bola com o braço totalmente aberto dentro da área.
Após o jogo, Rodrigo Caetano, diretor do Atlético-MG, soltou o verbo.
– A derrota, da forma como foi, independente de ter saído na frente, tomado a virada, o Atlético-GO não tem nada a ver com isso. Porém, um jogo de futebol é decidido nos detalhes – disse Caetano, que vai pedir o áudio do VAR para a CBF.
Palmeiras vence o Internacional e volta ao G-4
No Allianz Parque, em São Paulo, o Palmeiras venceu o Internacional por 1 a 0, com gol de Raphael Veiga, de pênalti, e se recuperou no Campeonato Brasileiro. O Alviverde chegou a 43 pontos e voltou ao G-4 da competição. O Internacional, por sua vez, ficou na sétima colocação com 39.
Edenílson, destaque do Inter, foi expulso no jogo após ofender o árbitro da partida. O jogador da Seleção Brasileira chamou Bráulio da Silva Machado de ladrão, fato relatado na súmula. Depois, Edenílson se desculpou.
– Venho humildemente reconhecer o meu erro e pedir desculpas à instituição e aos torcedores pela expulsão de hoje. No calor do momento, não concordei com a decisão do árbitro e acabei reclamando acintosamente. Prontamente, após a partida, me desculpei com ele e com meus companheiros, os quais, mesmo com um a menos, batalharam muito para buscar o resultado (…) – afirmou o jogador, nas redes sociais.