O Palmeiras é o primeiro finalista da Libertadores 2021. Nesta terça-feira, o clube paulista empatou com o Atlético-MG em 1 a 1, no Mineirão, e se classificou para a grande decisão por ter marcado um gol fora de casa. Vargas abriu o placar para o Galo, mas Dudu empatou para o Alviverde e garantiu a classificação
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– Eu acho que é um sonho, né. Estou aqui desde 2015, vivi grandes momentos. Infelizmente tive que sair por problemas que passei fora de campo, mas o torcedor sabe do amor que tenho por esse clube. E eles têm por mim. Espero representar bem essa camisa no dia 27, fazer um grande jogo lá no Uruguai – disse o emocionado Dudu já pensando na final.
Será a sexta final da Libertadores do Palmeiras na história, a segunda seguida. Os paulistas são os atuais campeões da competição. Na temporada passada, bateram o Santos no Maracanã.
Atlético x Palmeiras foi uma partida equilibrada. O Galo pressionava mais, chegava com mais perigo. O Palmeiras assustava nos contra-ataques com Dudu e Rony. E os gols saíram no segundo tempo. Vargas, de cabeça, abriu o placar para o Atlético. Já na reta final da partida, Gabriel Veron arrancou pela esquerda, ganhou do zagueiro e cruzou para Dudu marcar: 1 a 1 e classificação garantida.
Herói do Palmeiras, Dudu fez questão de elogiar o Atlético-MG, mas também exaltou a força do seu time.
– O Atlético vive um grande momento, como vivia na Libertadores, no Brasileiro e Copa do Brasil. Mas temos nosso valor. Somos os atuais campeões da Libertadores, vamos defender esse título. Espero estar muito preparado e focado para buscar o bicampeonato – disse.
Por fim, Dudu afirmou que não há problema algum entre ele e o técnico Abel Ferreira. No jogo de ida contra o Atlético-MG, o atleta se irritou ao ser substituído.
– Nós poderíamos ter dado mais. Saí bravo com a situação que a gente estava, mas tudo é uma estratégia do Abel, tudo é pensado. Fizemos um jogo perfeito na marcação lá, para não tomar gol. Viemos aqui, tivemos muitas chances no jogo. Tomamos o gol, mas não desesperamos. Sabíamos que precisávamos de um gol. Fomos recompensados por um jogo perfeito em São Paulo e pelo jogo daqui – finalizou.
Na final, dia 27 de novembro, em Montevidéu, o Palmeiras enfrenta o vencedor do confronto entre Barcelona (EQU) e Flamengo. As duas equipes se enfrentam no jogo de volta, no Equador, nesta quarta-feira, às 21h30 (horário de Brasília). O jogo de ida foi vencido pelo Rubro-Negro por 2 a 0.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista do técnico Abel Ferreira, do Palmeiras.
Desabafo após o gol de Dudu – “Não foi para nenhum jogador do Atlético-MG ou seu treinador. Tenho um vizinho que mora no meu prédio que é um chato. Foi diretamente ao meu vizinho, porque quem manda na minha casa sou eu. Está calado! Quem trabalha dentro do CT sou eu e meus jogadores. Defendo meus jogadores porque são meus nas vitórias e derrotas. Ao meu vizinho, “shiu””!
Vaga na final – “Dedico (a vaga para a final) para aqueles que amam e torcem para o clube em todos os momentos. Ou os torcedores aprendem que ser do Palmeiras é diferente ou vamos estar sempre nesta guerra”.
Na disputa por outros títulos
O Atlético-MG, vale lembrar, ainda sonha com os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. No Brasileirão, é o líder isolado com folga. Na Copa do Brasil, vai enfrentar o Fortaleza na semifinal.
O clube mineiro investiu muito em contratações para a temporada e a cobrança por títulos é enorme. Chegaram ao elenco do Galo jogadores como Hulk e Diego Costa.
Técnico Cuca exime zagueiro Nathan Silva de culpa
No gol do Palmeiras, o zagueiro Nathan Silva falhou feio ao perder a jogada para Gabriel Veron na ponta esquerda. Mas o técnico Cuca não crucificou o garoto. Pelo contrário.
– Esse menino é um cara que ajustou nosso sistema defensivo, um jogador que futuramente vai ser nível seleção brasileira, muito em breve. Ele tem todos os requisitos: força, velocidade, cabeceio, saída de jogo. Então ele não pode se abater porque tivemos um erro. Não foi ele que errou, fomos nós – avaliou o treinador.
Hulk, que perdeu um pênalti no jogo de ida, também foi “poupado” por Cuca.
– É um grupo, é uma família que a gente está criando. Então, na hora de uma dor dessas, vamos dividir um pouquinho cada um, e só assim as coisas vão seguir firmes no nosso caminho – afirmou.
O treinador, por fim, falou sobre o jogo e sobre a força da torcida atleticana.
– Tínhamos o controle do jogo total, estava pronto para fazer o segundo quando tivemos um erro e tomamos o gol – disse Cuca.
– Deixou o time mais aceso, mais vivo. Com eles a gente ficou muito mais fortes, sem dúvida nenhuma – finalizou.