O caminho da Seleção Brasileira para o bicampeonato olímpico ficou mais curto. Nesta terça-feira, a equipe do técnico André Jardine venceu o México, em Kashima, por 4 a 1 nos pênaltis após empate em 0 a 0 no tempo normal, e conseguiu a classificação para a final. Brilhou a estrela do goleiro Santos, que defendeu a primeira cobrança mexicana e a do meia-atacante Reinier, ex-Flamengo, que marcou o gol decisivo.
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– Estamos de parabéns pelo jogo que fizemos. Não corremos riscos. Procuramos o gol o tempo todo. A classificação nos pênaltis, na minha opinião, coroou a equipe que procurou o tempo todo o ataque, para se classificar no tempo de jogo. Fizemos por merecer, e ao final o sentimento foi esse. Se fazemos por merecer durante o jogo, as coisas acontecem – disse o técnico André Jardine à TV Globo.
E ele tem razão. A Seleção Brasileira dominou o jogo e criou as melhores chances. Richarlison chegou a mandar uma bola na trave no fim do segundo tempo. As outras boas chegadas do Brasil pararam no ótimo goleiro mexicano Ochoa. Lá atrás, Santos garantiu a Seleção. Em uma das chegadas mexicanas, ele precisou realizar uma defesa de cinema.
Na final, a Seleção Brasileira vai enfrentar a Espanha, que venceu o Japão, dono da casa, por 1 a 0, na prorrogação. O gol da partida foi marcado pelo atacante Asensio, do Real Madrid. Brasil e Espanha se enfrentam no sábado, às 8h30, em Saitama.
– A Espanha traz para as Olimpíadas praticamente a sua força máxima, com muitos jogadores de seleção principal. Forma aqui sim dentro da competição uma equipe muito forte, que eu apontaria desde o início como uma das favoritas – analisou Jardine.
A escalação da Seleção Brasileira: Santos, Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz (Matheus Henrique), Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier); Antony (Malcom), Richarlison e Paulinho (Martinelli). Técnico: André Jardine.
Vale lembrar que a Seleção Brasileira está invicta nos Jogos Olímpicos. Até o momento, foram três vitórias (contra Alemanha, Arábia Saudita e Egito), e dois empates (contra Costa do Marfim e México).
Mais medalhas para o Brasil
A terça-feira foi de vitória em campo e muitas medalhas para o Brasil. Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na classe 49erFX da vela. Foi o bicampeonato olímpico das meninas, que também levaram o ouro na Rio-2016. A nadadora baiana Ana Marcela Cunha, por sua vez, levou a medalha de ouro na maratona aquática (já na quarta-feira do Japão).
No atletismo, brilhou a estrela do jovem Alison dos Santos, o Piu, de 21 anos. Ele bateu o recorde sul-americano nos 400m com barreiras com o tempo de 46s72 e conquistou a medalha de bronze. O ouro ficou com o norueguês Karsten Warholm, que fez um novo recorde mundial (45s94). A prata ficou com o norte-americano Rai Benjamin (46s17). O Brasil não conquistava uma medalha individual em conquista de pista desde Seul-1988. Na ocasião, Robson Caetano levou o bronze nos 200m e Joaquim Cruz levou a prata nos 800m.
No salto com vara, Thiago Braz, campeão olímpico na Rio-2016, conquistou a medalha de bronze. O paulista de 27 anos conseguiu a marca de 5,87m e só foi superado pelo americano Christopher Nilsen (5,97m – prata) e pelo sueco Armand Duplantis (6,02m – ouro). Braz ainda deu sorte. Manteve o recorde olímpico da prova (6,03m).
No boxe, Abner Teixeira foi derrotado pelo cubano Julio La Cruz na semifinal olímpica em decisão dividida, mas ficou com o bronze. No boxe, não há decisão da terceiro lugar e duas medalhas de bronze são distribuídas. No boxe feminino, Beatriz Ferreira venceu a uzbeque Raykhona Kodirova e foi à semifinal olímpica. Mais uma medalha garantida para o Brasil. O boxe nas Olimpíadas de Tóquio dará três medalhas ao Brasil no total.