Aos 61 anos, o técnico português José Mourinho nem pensa em aposentadoria. Sem clube desde que deixou a Roma (em janeiro deste ano), ele disse, em entrevista ao jornal “The Telegraph”, que quer trabalhar por muitos anos ainda.
– Não é como se eu tivesse 61 anos e quisesse parar aos 65. De jeito nenhum. Ainda há uma longa carreira pela frente – afirmou.
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Para ser convencido a aceitar um projeto, Mou disse o os clubes precisam demonstrar:
– O que realmente pode fazer a diferença é o quanto o clube me quer, o quanto precisa de uma pessoa e de um treinador com o perfil. E também o sentimento e empatia que posso sentir pela estrutura.
Mourinho, por fim, pediu cobranças justas nos seus trabalhos. O passado vitorioso, muitas vezes, tem complicado a situação do técnico.
– A única coisa que eu quero é que as metas e os objetivos sejam estabelecidos por todos de forma justa. Não posso ir para um clube onde, por causa da minha história, o objetivo seja ganhar o título. Não. A única coisa que quero é que seja justo. Acham que se eu estivesse num grande clube da Premier League e estivéssemos no sexto, sétimo ou oitavo lugar, ainda teria o meu emprego? O que estou a dizer é que as pessoas deviam olhar para mim da mesma forma que olham para os outros. O que é importante para mim é que o clube tenha objetivos e eu possa dizer que estou preparado para lutar por eles. Não quero dizer realista… – disse Mou.
– Quando fui para a Roma, ninguém sonhava com a final da Liga Conferência e conseguimos. Não é possível ir para um clube quase a descer de divisão e querer vencer a Liga dos Campeões. É bom, mas não é justo – concluiu o treinador.