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Gabriel Medina voa e conquista o Tricampeonato Mundial de Surfe

Gabriel Medina comemora o título
Gabriel Medina comemora o título. Foto: Divulgação / WSL
Crédito: Divulgação / WSL

O Brasil é o país do futebol e, podemos cravar, do surfe também! Nesta terça-feira, o surfista paulista Gabriel Medina, de 27 anos, conquistou o Tricampeonato Mundial em Lower Trestles, na Califórnia (EUA), ao vencer na decisão o também brasileiro Filipe Toledo, o Filipinho. Medina venceu duas baterias contra Filipinho e nem precisou da terceira para sacramentar o título.

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Na segunda bateria da decisão, Gabriel Medina brilhou e literalmente voou. Ele acertou um backflip impressionante e levou os torcedores que estavam na areia ao delírio. Foi com a marca do agora tricampeão. Com o título, Medina chega ao seleto grupo dos tricampeões mundiais de surfe que conta com nomes como: Tom Curren (EUA), Andy Irons (HAV) e Mick Fanning (AUS).

– Conquistei o meu maior objetivo no surfe. Estou chorando agora porque é um mix de emoções. Estou feliz, emocionado. Sou feliz de fazer parte desse time (brasileiro). Eles me puxam e eu puxo o nível deles – disse Medina à WSL.

– Não é todo dia que você realiza um sonho. Todo sonho parece impossível. Hoje é um dia especial pra mim. Eu tenho isso há muito tempo comigo. Tem que trabalhar duro. Não tem outro caminho. Tem muita paixão. Tem que deixar o surfe falar. Esse dia vai ficar pra sempre na minha vida. Tive que surfar muito pra conquistar – acrescentou um emocionado Gabriel.

Medina se recuperou de uma Olimpíada, em Tóquio, sem medalha. O brasuca, na ocasião, foi derrotado na semifinal pelo japonês Kanoa Igarashi, em uma disputa polêmica. Também perdeu a disputa do bronze.

Italo Ferreira, medalhista de ouro em Tóquio, caiu na semifinal para Filipe Toledo, mas deixa a Califórnia com mais uma grande campanha para o currículo.

O Brasil, vale frisar, conquistou cinco dos últimos sete mundiais de Surfe: três com Medina, um com Adriano de Souza, o Mineirinho, e um com Italo Ferreira. O circuito, que antes era dominado por australianos e americanos, agora é quase todo verde e amarelo. É a Brazilian Storm dando o que falar.

Ainda sobre o Mundial de Surfe, a também brasileira Tatiana Weston-Webb foi derrotada na final pela havaiana Carissa Moore, que conquistou o Pentacampeonato Mundial. Tatiana até começou bem, ganhando a primeira bateria, mas foi derrotada nas duas seguintes e ficou com o vice-campeonato.

Abaixo, os resultados da etapa de Trestles do Mundial de Surfe (masculino).

Oitavas de final
Conner Coffin (ESTADOS UNIDOS) 15 x 9,84 Morgan Cibilic (AUSTRÁLIA)

Quartas de final
Filipe Toledo (BRASIL) 16,57 x 14,33 Conner Coffin (ESTADOS UNIDOS)

Semifinal
Italo Ferreira (BRASIL) 12,44 x 15,97 Filipe Toledo (BRASIL)

Final
Bateria 1: Gabriel Medina (BRASIL) 16,30 x 15,70 Filipe Toledo (BRASIL)
Bateria 2: Gabriel Medina (BRASIL) 17,53 x 16,36 Filipe Toledo (BRASIL)

Abaixo, mais trechos do que falou Medina (agora em entrevista ao site “Globoesporte.com”)

A esposa Yasmin Brunet“Gosto de estar rodeado de pessoas que me fazem bem. Ela é uma das pessoas que mais me ajudaram esse ano, junto com meu coach e meus amigos próximos. Foi um ano difícil. Difícil você viajar o mundo, colocar seu melhor em cada momento. Você, sua mulher e seu coach. Foi muito desafiador para mim”.

Domínio na temporada“Fico feliz de ser recompensado com o título mundial, porque trabalhei bastante. Foi um dos anos que mais treinei fora e dentro da água. Ano diferente, formato diferente da WSL. Contando as etapas, foi o ano mais constante”.

Planos“Os planos são sem planos. Agora é férias, mas o ano todo foi assim. Aproveitando cada momento, cada onda surfada. Cada momento com a minha mulher, meus amigos. Quero aproveitar mais a vida, esquecer um pouco de competição”.

Tricampeonato Mundial“(Ser tricampeão) é surreal. Sempre sonhei, mas confesso que parecia ser impossível. Hoje, eu fiz ser possível. É muito louco, não consigo nem botar em palavras. Se eu lembrar desde o começo, quando só curtia o surfe, ser uma vez já era impossível”.

Comparação a outros ídolos“Quando comecei a acompanhar mais histórias do Ayrton [Senna], do Mick Fanning, isso me inspirou. Acho legal a gente servir de exemplo. Sempre tento fazer meu melhor dentro e fora da água para incentivar essa nova geração a realizar o sonho deles, porque é possível. Você tem que acreditar muito em você e fazer com amor que as coisas acontecem”.

Leo Santos
2455 artigos
Leonardo Santos é jornalista esportivo com passagens por grandes jornais do Brasil como Lance e Grupo Globo. Escreve para o Apostagolos desde 2021.

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